Filme: Estômago


A paixão pela cozinha que Raimundo Nonato sentia não o fez cometer um crime, já à paixão por uma mulher, sim. Nonato descobre que com a cozinha pode ser alguém melhor e deposita seus sonhos nisso. Com a grande ajuda do proprietário de um restaurante, aprende a cozinhar. A partir disso e com o coração partido, descobre o poder que a culinária lhe deu ao ir preso. Motivado pelo ódio de ver a mulher amada nos braços daquele que mais o ajudou, Nonato, se torna um assassino. No centro estão, poder, amor e justiça com as próprias mãos. Percebemos que para Nonato não importa o que ele fez e sim como iria viver. A meta era ganhar espaço na prisão e para isso usa o que sabe fazer melhor: a comida.
Ao escutarmos histórias como essa, na qual um homem mata a mulher e o homem que o fez traído, vemos que as pessoas sempre dão razão ao assassino. Os homens, principalmente, acham justo. Para ter a honra de volta só matando os "safados". Ainda mais se o traído for como Nonato, ingênuo. Porém nem tanto, já que se vira bem no outro universo, o da prisão. O que mais está na moda é traição que é "resolvida" com morte.
Nunca vou achar que a melhor solução é a morte de alguém. É tão definitivo que chega a doer só de pensar. Se o homem ou mulher foi traído, alguma culpa ele teve, das duas uma, ou ele não terminou quando tinha chance ou se deixou enganar de propósito. Todos sabem quando são amados de verdade. E matar não resolve, pois vão existir homens e mulheres assim aos montes e conseguir matar todos vai ser difícil.
Agora, matar uma prostituta acusando-a de traição é, no mínimo, cômico.



Análise segundo questões da disciplina Éticas e Bases Humanas.

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